Diante disso, muitas vezes as pessoas juntam as escovas de dentes, muito mais na empolgação do grande dia (festança, jantar, vestido de noiva, etc) do que focado no relacionamento propriamente dito e aí o resultado pode não ser um dos melhores.
Respeito e cumplicidade não se compram, se conquistam, ou melhor, se constroem dentro de uma convivência realista e saudável, mas que infelizmente são postos em segundo plano por alguns casais em virtude da euforia do momento.
Admiro a maneira de pensar da autora que, para alguns pode parecer prática demais, pois nessa obra ela fala dos sentimentos e emoções que permeiam a convivência a dois, as alegrias, também as inseguranças e decepção e até mesmo um possível fim (e por que não? Pode acontecer!).
Claro que discutir a relação nesse ponto de desprendimento requer maturidade emocional, assim como pode não ser garantia de casamento eterno e feliz, mas é a oportunidade de conhecimento (e autoconhecimento), pois não deixa de ser uma união civil entre pessoas diferentes, com criação e cultura diferentes e algumas vezes até com objetivos e metas diferentes, o que faz com que a tolerância e a flexibilidade sejam aspectos importantes e, ao meu modo de ver, um dos alicerces dessa união.
No final das contas, a vida real é mais prática do que romântica e muitas vezes os sentimentos da vez são companheirismo e cumplicidade. Afinal, fica difícil pensar em paixão ardente quando chegam as contas pra pagar! Incontestavelmente, a autora trata a sua história de amor dessa forma prática, o que pode dar a impressão de frieza para as pessoas mais açucaradas, mas na minha humilde opinião, os temas mais delicados como os defeitos de cada um, até onde é possível tolerar e conviver bem com esses defeitos, os objetivos individuais de cada um e até deixar tudo certinho no caso de uma possível separação deveriam ser postos em pauta, pois um casamento também requer planejamento e, sobretudo, o mínimo de conhecimento, já que é o momento em que duas pessoas desbravam terras desconhecidas. Embora isso tudo não seja garantia de nada, creio que contribui para o sucesso, pois em outras palavras, como dizia Deming, para planejar é preciso saber o que vai planejar e ter claro onde quer chegar.
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